Dá aqui um xêro, amor
Finge que é beija-flor
Ou uma abelha
Que invejem as flores da calçada
Dá aqui um xêro, amor
Finge que é regador
Pra me tirar da seca
E beijar minha boca na sacada
Vem depois que chove
E me colore
Traz o Sol ao amanhecer
Me diz que é só minha
E me ilumina
Mina, ativa em mim a vitamina d
Que eu digo já sou seu
Que seu mel é todo meu
Que eu te dou o céu em troca
E também o céu da boca
E até a língua
Te sussurro que é linda
Que sempre foi bem-vinda
Pra cuidar da minha vida
E não tem porta de saída
Não tem porta de saída
Dá aqui um xêro, amor
Finge que é beija-flor
Ou uma abelha
Que invejem as flores da calçada
Dá aqui um xêro, amor
Finge que é regador
Pra me tirar da seca
E beijar minha boca na sacada
Vem provar meu néctar
A gente se conecta
E de sobremesa
Tira o sobretudo sobre a mesa
E sobretudo eu tiro a roupa no escuro
Pra você me ter
Me rega pela raiz
Faz chover
Tipo chafariz
Pega meu cabelo com rancor
Me sufoca com o seu calor
Eu tô tipo aranha, subindo pelas paredes
Me arranha e me balança que nem rede
Ou cadeira de balanço
Pode chegar de manso senão posso te morder
Mata minha sede no suor ou na saliva
Baby, eu não me canso de querer você
Dá aqui um xêro, amor
Finge que é beija-flor
Ou uma abelha
Que invejem as flores da calçada
Dá aqui um xêro, amor
Finge que é regador
Pra me tirar da seca
E beijar minha boca na sacada
Dá aqui um xêro, amor
Finge que é beija-flor
Ou uma abelha
Que invejem as flores da calçada
Dá aqui um xêro, amor
Finge que é regador
Pra me tirar da seca
E beijar minha boca na sacada